História da Umbanda
- 08/05/25
A Umbanda é uma religião completamente criada no Brasil que traz em suas raízes o sincretismo que simboliza a fé de nosso povo em toda sua diversidade, aonde no início do século XX ou 1900 por encontrar dificuldades em serem recebidos por médiuns Kardecistas, que rejeitavam espíritos que não tivessem origens europeias ou de graduações acadêmicas como médicos, advogados e professores, ou de algum nível social elevado, como políticos, diplomatas, etc...
Dessa forma, por meio de um único médium, esses espíritos de luz que tinham em sua missão o desígnio de nosso pai todo-poderoso e eterno, que por meio de nosso senhor Jesus Cristo os direcionamentos necessários para nossa evolução e principalmente a prática da caridade trazendo soluções para problemas de forma imediata, objetiva e prática.
No final de 1908 um rapaz com 17 anos na época, oriundo de família tradicional do Rio de Janeiro e prestes a ingressar na carreira militar junto a Marinha do Brasil, passa a apresentar anomalias tais como, convulsões e aparentes delírios, é encaminhado a um tio que tinha por profissão a medicina que por sua vez não tinha como dar-lhe um diagnóstico e também o encaminha para um padre acreditando que não se tratava de loucura e sim de uma possessão demoníaca, quando alguém de sua família teve a ideia de direcioná-lo a uma Federação Espírita também localizada no Rio de Janeiro e na época dirigida por José de Souza o que se concretiza no dia 15/11/1908 dia comemorado como o dia da fundação e origem oficial dessa religião hoje tão amada por grande parte do povo brasileiro, ao chegar nesse local de imediato Zélio foi tomado a encorporar, esse levante-se da mesa de trabalhos e Diz: Nessa mesa falta uma flor! Então vai até lá fora, pega uma flor e a coloca sobre a mesa, atitude que trouxe agitação entre os presentes desacostumados a algo que consideravam uma forma de indisciplina.
Nesse momento os outros médiuns da Federação presentes, foram tomados por espíritos de negros escravizados e índios que no mesmo momento foram interpelados por José de Souza que alegou que por não serem espíritos tão evoluídos sob o seu critério deveriam se retirar do local... Após esse comportamento arrogante, o jovem Zélio encorporado pergunta o porquê dessa conduta se sequer deram a oportunidade desses espíritos passarem suas mensagens, indagando-os se isso também seria devido à cor ou por suas origens humildes, trazendo a tona um diálogo acalorado aonde os responsáveis pela sessão tentavam doutriná-los e afastar o espírito desconhecido dizendo: Porque fala nestes termos irmão? Pretendendo que a direção dessa casa aceite que espíritos com cultura limitada e claramente atrasados, se vejo que diante de mim vejo um Jesuíta com vestes brancas e forte aura de luz, por que fala deste modo? E qual o seu nome irmão? E o espírito respondeu: Se querem um nome que seja este! Sou o Caboclo da Sete Encruzilhadas porque para mim não haverá caminhos fechados, o que você vê em mim, são restos de uma existência anterior, onde fui padre e meu nome era Gabriel Malagrida, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição no ano de 1761 em Lisboa, más em minha última existência física Deus me concedeu o privilégio de nascer como um caboclo brasileiro. Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã dia 16 de novembro estarei na casa de meu aparelho (Zélio) as 20:00 horas para dar início a um culto que esses irmãos poderão dar suas mensagens e assim cumprir a missão que lhes foram confiadas pelo plano espiritual. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade entre os encarnados e desencarnados e novamente o espírito de luz é indagado pelo médium da casa: julga o irmão que haverão pessoas dispostas a participarem de seu culto? E disse-lhe o Espírito: Cada colina de Niterói anunciará o culto que amanhã iniciarei, Deus em sua infinita bondade, estabeleceu na morte um nivelador universal. Rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornariam iguais na morte, más vocês homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, buscam estabelecer essas diferenças até depois da morte, por que não podem nos visitar, esses humildes trabalhadores do espaço se apesar de não terem sido pessoas importantes na terra, também trazem mensagens muito importantes do além?
No dia seguinte, na casa da família Moraes, na rua Floriano Peixoto, número 30, próximo do horário marcado, lá estavam, membros da Federação Espírita para comprovar a veracidade do anunciado no dia anterior, amigos, vizinhos e uma multidão de desconhecidos do lado de fora... As 20h manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas, declarou que naquele momento se iniciaria um novo culto em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que desencarnados não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e voltadas para a feitiçaria e os índios nativos de nossa terra poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados, quaisquer que fossem seus credos, cores e condições sociais, a prática da caridade no sentido do amor fraterno, seria a característica principal desse culto, que teria por base o evangelho de Jesus. O cabloco estabeleceu então as normas nas quais se processaria o culto, as chamando de sessões e indicando os horários diários das 20 às 22h, as quais os participantes uniformizados de branco e o atendimento deveria ser gratuito e dando também o nome do culto que se iniciava. Umbanda, manifestação do espírito para a caridade
Sem mais eu agradeço a todos que lerem essa história que se faz tão importante em um mundo que buscam enganar as pessoas para obter vantagens pessoais